Antes da Economia Criativa vem a Economia da Cultura: a arte, brasileira, de colocar o carro à frente dos bois
Antes da Economia Criativa vem a Economia da Cultura: a arte, brasileira, de colocar o carro à frente dos bois.
PragMATIZES
A partir de todo o trabalho envolvido na produção do livro “Economia da Cultura: contribuições para a construção do campo e histórico da gestão de organizações culturais no Brasil”, chamou a atenção dos autores a reincidência – de 1920 a 2010 (período que o estudo abrangeu) – dos mesmos erros. Não há falhas novas, mas sempre os mesmos velhos vícios crônicos: vai-e-vem político, fortalecimento e enfraquecimento cíclicos de ideias e organizações, mobilização e desmobilização de setores inteiros, além da aguda dependência do Estado, nas três esferas: federal, estadual e municipal.Com isto, não se criou uma mentalidade empresarial, não se criou oportunidades ou se amparou quem se dispusesse a correr os riscos de empreender. Nossa produção artístico-cultural é rica (e até reconhecida internacionalmente como das melhores, em alguns gêneros), mas absolutamente irrelevante do ponto de vista econômico, como, aliás, demonstraram em palestra realizada no Centro Cultural da UERJ, em 2011, dois economistas dedicados ao universo do livro e das artes plásticas, George Kórnis e Fábio Sá Earp: “o Brasil detém 2,7% do PIB mundial; 1% do comércio internacional e, apenas, 0,25% do mercado de artes”.
As from all the work involved into the production of the book “Economics of Culture: contributions to the construction of the field and history of the management of cultural organizations in Brazil”, recurrent mistakes – from 1920 to 2010 (the period covered by the study) – have caught the attention of the authors. There are no new failures, but always the same old chronic addictions: political back-and-forth, cyclic strengthening and weakening of ideas and organizations, mobilization and demobilization of entire sectors, besides the acute dependence on the State, in the three levels: federal, state and municipal.Due to this, a business mindset has not been created, opportunities have not been built, and whoever was willing to take entrepreneurial risks has not been supported. Our artistic and cultural production is rich (and even internationally recognized as one of the best in some genre), but it is absolutely irrelevant from an economic point of view, as it was demonstrated, in a lecture held at the Cultural Center of UERJ, in 2011, by two economists dedicated to the universe of the book and the visual arts, George Kórnis and Fábio Sá Earp: “Brazil has 2.7% of world GDP, 1% of international trade and only 0.25% of the art market”.
Bibliographic data
Translated title: | Before the Creative Economy comes the Economics of Culture: the Brazilian art of rushing into things Antes de la Economía Creativa viene la Economía de la Cultura: el arte brasileño de poner la carreta delante de los bueyes |
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Journal Title: | PragMATIZES |
First author: | Manoel Marcondes Machado Neto |
Other Authors: | Lusia Angelete Ferreira |
Palabras clave: | |
Language: | Portuguese |
Get full text: | https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/10379 |
Resource type: | Journal Article |
Source: | PragMATIZES; No 6 (Year 2014). |
DOI: | http://dx.doi.org/10.22409/pragmatizes2014.6.a10379 |
Publisher: | Universidade Federal Fluminense |
Usage rights: | Reconocimiento (by) |
Categories: | Social Sciences/Humanities --> Anthropology Social Sciences/Humanities --> Sociology Social Sciences/Humanities --> Cultural studies |
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