Este artigo é um diálogo com alguns dos escritos de Pasolini sobre cinema, em especial com as transcrições de gravações de conversas realizadas em diferentesmomentos de filmagens em La Voz de Pasolini, publicado no ano 2000, em Madrid, e nos textos, de 1957-1974, reunidos em livro pela Cahiers du Cinema, nos escritos sobre o cinema, quando Pasolini fala dos embates na construção de planos, com a inserção da luz em determinadas cenas e na forma de dirigir atores. Trata-se de entender como as formas fílmicas respondem a demandas do realizador que faz um cinema de modulações da matéria do mundo, trabalhadas em enquadramentos breves, em ápices dramáticos, em formulações dos gestos na montagem e em movimentos de câmera precisos com o objetivo de inscrever uma forma no embate com as sobreexposições das luzes sobre os corpos.

This article is a dialogue with some of the writings of Pasolini about cinema, especially with the conversations recordings of transcriptions made at different times of footage in “The Voice of Pasolini” published in 2000 in Madrid, and texts, from 1957 to 1974, collected in a book by Cahiers du Cinema, in the writings on cinema, when Pasolini speaks of clashes in the construction plans with the inclusion of light in certain scenes and way of directing actors. It is to understand how filmic forms respond to the demands of the director who makes a modulations film of matter in the world, worked in a few frames in dramatic climaxes in formulations of gestures in the assembly and precise camera movements with the aim of inscribe a shape in the clash with the over-exposure of light on the bodies.