Bruno Lage processa John Textor na Justiça da Inglaterra e cobra R$ 46 milhões por descumprimento de acordo
Segundo documentos apresentados no processo, Lage alega que, logo após sua chegada ao Botafogo, firmou um acordo com Textor. Nele, o dirigente americano teria se comprometido a oferecer ao português uma oportunidade de trabalho no Lyon (França) ou no Crystal Palace (Inglaterra), clubes vinculados à Eagle, entre 1º de janeiro e 15 de abril de 2024. O contrato previa, ainda, que a proposta teria duração mínima de duas temporadas e salário anual de 2,75 milhões de libras livres de impostos — o equivalente a cerca de R$ 21 milhões por ano.
De acordo com os advogados de Lage, como nenhuma das ofertas prometidas foi formalizada dentro do prazo estipulado, Textor estaria obrigado a indenizar o treinador. A quantia reivindicada no processo — 6 milhões de libras — inclui os valores referentes aos dois anos de contrato prometidos (5,5 milhões de libras), além de juros, despesas judiciais e outras reparações que o tribunal possa considerar cabíveis.
O contrato também previa uma cláusula de compensação inversa: caso Bruno Lage aceitasse um cargo fora do grupo Eagle entre janeiro e abril de 2024, ele deveria pagar 2,75 milhões de libras a Textor. No entanto, o técnico permaneceu desempregado até setembro de 2024, quando assumiu o comando do Benfica, onde permanece até hoje.
Durante o período estipulado no contrato, tanto o Lyon quanto o Crystal Palace realizaram mudanças em suas comissões técnicas. Em fevereiro de 2024, o Palace substituiu Roy Hodgson por Oliver Glasner. Já o Lyon manteve Pierre Sage como interino até julho, quando o técnico foi efetivado. No entanto, Sage acabou demitido em janeiro de 2025.
Em resposta ao The Telegraph, a Eagle Football reconheceu a existência da ação judicial, mas contestou a demanda de Lage. Segundo a holding, o técnico “não tem direito contratual aos valores reivindicados em seu nome”. Procurados pelo portal ge, tanto a empresa quanto o treinador não se manifestaram até a publicação da reportagem.
A passagem de Bruno Lage pelo Botafogo foi curta e turbulenta. Contratado em julho de 2023, o português dirigiu a equipe por menos de três meses. Mesmo assumindo o time na liderança do Campeonato Brasileiro, obteve uma sequência irregular: foram cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas.
Após perder para o Flamengo no estádio Nilton Santos, chegou a pedir demissão na coletiva pós-jogo, mas foi convencido a continuar. No dia 2 de outubro, tomou a polêmica decisão de barrar o artilheiro Tiquinho Soares no empate com o Goiás, resultado que aumentou a pressão. No dia seguinte, acabou demitido.
Notificações com novas publicações deste autor serão enviadas para o endereço de e-mail que forneceu ao se registar no "RB"
Notificações com novas previsões deste especialista serão enviadas para o endereço de e-mail que forneceu ao se registar no "RB"
Isso significa que não receberá mais notificações de novas publicações deste autor no seu e-mail.
Isso significa que não receberá mais notificações de novas previsões deste especialista em seu de e-mail.