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Com dívida de R$ 2,4 bilhões, Corinthians aposta no Regime Centralizado de Execuções para tentar reorganizar finanças

22:04, 21 abril 2025
Aline Feitosa
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A situação financeira do Corinthians segue alarmante. Com uma dívida que já alcança os R$ 2,4 bilhões, o clube enfrenta uma das crises mais severas de sua história. Em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, no último domingo (20), o diretor executivo de futebol, Fabinho Soldado, detalhou o cenário crítico enfrentado nos bastidores do Parque São Jorge e ressaltou o impacto direto das finanças no desempenho esportivo da equipe.

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“A verdade é que as dívidas são enormes. Hoje, essa conta simplesmente não fecha, admitiu o dirigente, ao comentar o passivo acumulado nos últimos anos, que compromete os investimentos no futebol profissional”.

Segundo Fabinho, o principal entrave para a gestão do Corinthians tem sido a constante ameaça de bloqueios judiciais, situação que dificulta o planejamento esportivo. Como solução emergencial, o clube aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo jurídico que permite o parcelamento de dívidas sob supervisão judicial, com o objetivo de evitar penhoras inesperadas.

“Quando falo da RCE, é porque esse é um momento crucial para o clube. Vivemos com o risco constante de penhoras. Todos os credores têm o direito de buscar seus valores, e isso acaba interferindo diretamente no nosso dia a dia”, explicou Fabinho.

O pedido de adesão ao RCE foi protocolado na Justiça de São Paulo e contempla apenas os débitos com fornecedores, empresários e atletas — especialmente relacionados a direitos de imagem. A medida, no entanto, não cobre as dívidas tributárias nem o financiamento da Neo Química Arena, que seguem à parte do processo.

Apesar das dificuldades, a diretoria tem buscado estratégias para manter o elenco engajado. Fabinho destacou a importância do comprometimento dos jogadores com o momento financeiro do clube e com os objetivos esportivos, que podem gerar retorno financeiro importante.

“O futebol é o carro-chefe do Corinthians. Por isso, o presidente tem nos dado toda a estrutura para transmitir aos atletas o papel fundamental que cada um tem nesse processo. Eles precisam entender que uma boa colocação em campeonatos representa valores significativos para o clube”, afirmou.

O dirigente também ressaltou que o sucesso em campo pode impulsionar outras áreas do clube, como marketing e captação de patrocínios, criando novas fontes de receita.

“Não se trata apenas de vencer por vencer. Existe uma engrenagem por trás que depende do desempenho dos atletas. Cada vitória pode representar um fôlego financeiro, além de abrir oportunidades para criarmos alternativas que tragam dinheiro novo para dentro do Corinthians”, completou.

Com as finanças pressionadas e um cenário desafiador pela frente, o clube aposta em uma combinação de disciplina financeira e união dentro de campo para tentar superar a crise e iniciar uma trajetória de recuperação.

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