A Conmebol lançou nesta terça-feira (8) uma nova campanha contra o racismo, a violência e qualquer forma de discriminação no futebol sul-americano. A iniciativa foi divulgada nas redes sociais da entidade por meio de um vídeo com a participação de 11 jogadores que atuam na Copa Libertadores e na Copa Sul-Americana.
Entre os atletas que participaram do vídeo estão Everton Ribeiro (Bahia), Matheusinho (Vitória) e Romero (Cruzeiro), além de nomes como Izquierdoz (Lanús), Kevin Gutiérrez (Defensa y Justicia), Vicente Rodríguez (Caracas), José Quintero (LDU), Yotún (Sporting Cristal), Hernán Barcos (Alianza Lima), Juanfer Quintero (América de Cali) e Edison Flores (Universitario).
A campanha reforça o posicionamento da entidade após o episódio de racismo envolvendo o atacante Luighi, do Palmeiras, durante partida da Libertadores Sub-20 em março, no Paraguai. O jogador foi alvo de ofensas por parte de um torcedor do Cerro Porteño, o que gerou forte comoção — Luighi chegou a chorar em entrevista ao comentar o caso.
Como punição, o clube paraguaio recebeu uma multa de US$ 50 mil e foi obrigado a disputar o restante do torneio com portões fechados. A medida foi amplamente criticada. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, classificou a decisão como “ridícula” e publicou uma nota oficial cobrando providências mais duras da Conmebol.
– A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas – afirmou o clube.
Em resposta ao aumento das denúncias, a Conmebol promoveu, no fim de março, um encontro no Paraguai com dirigentes, autoridades políticas e ex-jogadores para debater formas de combate ao racismo no futebol. Entre os presentes estavam Ronaldo, Tévez, Léo Moura, Lugano, Caniggia e Ruggeri.
As fases de grupos da Libertadores e da Sul-Americana seguem nesta semana, com o início da segunda rodada dos torneios. A entidade promete intensificar ações educativas e punitivas ao longo da competição para combater atos discriminatórios dentro e fora dos gramados.