Um gesto silencioso, mas profundamente simbólico, de Michael Schumacher emocionou o mundo da Fórmula 1 neste fim de semana. Longe dos holofotes desde o grave acidente de esqui que sofreu em 2013, nos Alpes franceses, o heptacampeão mundial voltou a se manifestar publicamente de maneira sutil, ao assinar um capacete que será usado em uma homenagem no Grande Prêmio do Bahrein.
A assinatura, realizada com o auxílio de sua esposa, Corinna Schumacher, representa uma raríssima ação pública do ícone alemão nos últimos 11 anos. Aos 56 anos, Schumacher vive recluso e sob cuidados intensivos, com sua condição de saúde mantida em sigilo absoluto pela família desde o acidente em Méribel, quando sofreu um traumatismo craniano severo.
O capacete assinado por Schumacher será utilizado pelo ex-piloto escocês Jackie Stewart, de 85 anos, durante uma volta simbólica no circuito do Bahrein. A ação faz parte de uma campanha de conscientização sobre a demência, doença pela qual Stewart milita há anos através de sua fundação.
“É maravilhoso ver que Michael pôde contribuir com essa causa tão importante”, declarou Stewart. “Sua esposa esteve ao lado dele no momento da assinatura, o que torna tudo ainda mais especial. Agora, o capacete carrega a assinatura de todos os campeões mundiais ainda vivos, incluindo a de Michael, o que dá um peso histórico à homenagem.”
Para Stewart, o gesto transcende o automobilismo: “Essa é uma doença para a qual ainda não existe cura, e tê-lo envolvido, mesmo com todas as limitações, mostra o quanto essa causa é significativa. É um momento comovente e de grande simbolismo.”
A manifestação de Schumacher, ainda que discreta, reforça o carinho e a admiração que o piloto desperta no universo da Fórmula 1. E mais uma vez, mesmo fora das pistas, ele emociona e inspira.