A exclusão do León, do México, do Mundial de Clubes deste ano por conta da regra que proíbe times com o mesmo dono de disputarem a competição pode impactar clubes brasileiros no futuro. A Fifa determina que “nenhuma pessoa física ou jurídica pode controlar ou influenciar mais de um clube participante”. O León pertence ao Grupo Pachuca, que também é dono do Pachuca, e não conseguiu reverter a decisão da entidade
No Brasil, essa regra pode afetar Botafogo, Bahia e Red Bull Bragantino, que integram conglomerados internacionais. O Botafogo faz parte da Eagle Football Holdings, de John Textor, que também controla Lyon (França), Crystal Palace (Inglaterra) e RWD Molenbeek (Bélgica). Para 2025, o Alvinegro não terá problemas, pois nenhum outro clube do grupo se classificou, mas no futuro pode enfrentar obstáculos.
O Bahia está em situação ainda mais delicada, já que faz parte do City Group, que gere o Manchester City e diversos clubes ao redor do mundo. Já o Red Bull Bragantino pertence à Red Bull, que controla o Leipzig (Alemanha) e o Salzburg (Áustria), este último presente na edição atual do Mundial.
A Conmebol tem seis vagas no torneio, enquanto a Uefa conta com 12. Os primeiros classificados são os campeões da Libertadores e da Champions League dos últimos quatro anos, e o restante é definido pelo ranking das confederações. Como Botafogo e Bahia disputam a Libertadores de 2024, um possível cenário futuro pode gerar impasses caso clubes do mesmo grupo também consigam vaga.