“Quando não dá para ganhar, o importante é não perder”. A frase dita por Gerson ao fim do empate sem gols entre Flamengo e LDU, na última terça-feira (22), em Quito, resume bem o sentimento do elenco rubro-negro. No entanto, o resultado carrega um sabor amargo: o time carioca teve condições de vencer, mas saiu do Equador com apenas um ponto — e a sensação de que poderia ter voltado para casa com mais.
Enfrentar a altitude de 2.850 metros não foi o desafio mais complicado da noite. O Flamengo suportou bem as condições adversas, com Bruno Henrique sendo o único a solicitar oxigênio e Ayrton Lucas deixando o campo visivelmente exausto. Dentro de campo, a equipe comandada por Filipe Luís demonstrou solidez defensiva, controlou as investidas da LDU e foi pouco ameaçada ao longo dos 90 minutos.
O que faltou foi transformar o domínio em gols. Com 56% de posse de bola e dez finalizações (apenas duas no alvo), o Flamengo voltou a esbarrar em um problema recorrente na temporada: a falta de efetividade ofensiva. A superioridade em campo mais uma vez não se traduziu em resultado, o que pode custar caro mais adiante na fase de grupos da Libertadores.
Com quatro pontos conquistados em três partidas, o Rubro-Negro ocupa a terceira colocação do Grupo C e vê a necessidade de recuperar terreno nas rodadas finais. O alento é que dois dos três jogos restantes serão disputados no Maracanã, diante da torcida.
Desfalques importantes como Alex Sandro, De la Cruz, Allan e Plata ajudam a explicar parte das dificuldades, mas a cobrança é justa: pela qualidade do elenco e pela performance apresentada, o Flamengo precisa converter desempenho em vitórias. O alerta está aceso para evitar sustos na reta final da fase de grupos.