Leclerc admite dificuldade da Ferrari em evoluir e alerta para caminho “mais longo do que o esperado”

Aline Feitosa
Ainda em busca de seu primeiro pódio na temporada 2025 da Fórmula 1, Charles Leclerc reconheceu que a Ferrari enfrenta desafios maiores do que o imaginado. Após cruzar a linha de chegada em quarto lugar no GP do Bahrein, no último fim de semana, o piloto monegasco foi direto: falta performance ao carro e a trajetória até a competitividade ideal pode ser demorada

“Não sei… acho que o túnel vai ser um pouco mais longo do que eu gostaria. Em algum momento, vamos encontrar o caminho, mas não sei quanto tempo vai levar. Precisamos de mais carga aerodinâmica e mais aderência”, lamentou Leclerc, ao comentar o desempenho da SF-23.

Segundo ele, apesar do esforço da equipe em extrair o máximo do monoposto, as limitações são claras, sobretudo em ritmo de corrida. Leclerc explicou que consegue “esconder” algumas deficiências em voltas rápidas, durante a classificação, mas no domingo as falhas do carro aparecem com mais nitidez.

“Simplesmente preciso de mais aderência para ser mais rápido nas curvas. Na corrida, a falta de grip acaba gerando desgaste excessivo dos pneus. Vira um efeito bola de neve”, detalhou.

No Bahrein, a Ferrari tentou uma abordagem estratégica distinta, começando com pneus médios e trocando por outro jogo da mesma especificação. No entanto, a entrada do safety car no fim da prova obrigou a escuderia a montar compostos duros para os giros finais. Leclerc, por sua vez, minimizou o impacto da intervenção na corrida.

“Talvez a ausência do safety car ajudasse um pouco, mas não acho que mudaria tanto. Já estava começando a sofrer atrás do George [Russell], os pneus superaquecendo… talvez conseguíssemos forçá-lo a parar antes, o que seria ótimo, mas não aconteceu”,avaliou.

Sobre o uso dos pneus duros no último trecho da corrida, Leclerc destacou que a estratégia adotada foi a mais adequada dentro das limitações da equipe. Para o #16, repetir o plano da Mercedes, que apostou nos macios no final, não era uma alternativa viável para a Ferrari.

“Considerando o que tínhamos, foi a escolha certa. O que George fez com os macios no fim não era uma possibilidade para nós. Vamos revisar isso, claro, mas o problema principal foi o ritmo. Não fomos rápidos o suficiente. E quando isso acontece, qualquer estratégia te deixa do lado errado das coisas”, concluiu.

A próxima etapa da Fórmula 1 acontece entre os dias 18 e 20 de abril, nas ruas de Jedá, na Arábia Saudita, pela quinta corrida do calendário 2025. A Ferrari, que ocupa a quarta colocação no Mundial de Construtores, busca reagir e retomar o caminho das vitórias.

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