Leonardo Jardim justifica ausência de Gabigol e destaca desempenho competitivo do Cruzeiro no empate com o São Paulo

“Sou muito fã do Gabriel. Ele é um finalizador nato, já gostava dele desde o tempo de Flamengo. Mas há jogos em que, pela característica, ele não consegue nos ajudar tanto. Foi assim contra o Inter, em uma partida mais voltada para transições rápidas e bolas longas. Esse tipo de jogo não favorece o estilo dele”, explicou Jardim na entrevista coletiva.

O treinador português ressaltou que Gabigol rende melhor em um esquema com dois atacantes, atuando como segundo homem de frente. “Hoje a estratégia foi outra, e por isso ele não entrou. Mas é um jogador de grande qualidade e vai continuar sendo importante ao longo da temporada”, afirmou.

Sob pressão após uma sequência de três derrotas, Leonardo Jardim completou o quarto jogo seguido sem vitória. Ainda assim, destacou a entrega da equipe e o espírito competitivo demonstrado diante do São Paulo, apontando a atuação como um passo positivo na construção do time.

“Estou me adaptando ao futebol brasileiro, que é naturalmente mais emocional. Aqui, a pressão aparece desde as primeiras rodadas. Mas o importante é o que os jogadores mostraram dentro de campo. Não se joga com palavras. Trabalhei com um jogador do Botafogo em Dubai que dizia: até papagaio fala, jogar é o que importa”, comentou.

Para Jardim, o Cruzeiro apresentou uma postura aguerrida e fiel ao modelo de jogo que ele busca implementar: intensidade, marcação em bloco sem a bola e atitude ofensiva com a posse. “O que mais me agradou foi ver um time competitivo, que disputou cada lance e terminou a partida em cima do adversário”, pontuou.

O técnico também fez questão de valorizar o elenco, reforçando que todos os jogadores têm papel importante ao longo da temporada. “Jogamos com 10 de linha e mais o goleiro, mas todos do grupo têm que estar prontos para entrar e manter o nível. Quem entrou hoje mostrou isso”, finalizou.