Após quase 12 anos afastado do Campeonato Brasileiro, Neymar voltou a vestir a camisa do Santos em uma partida da competição nacional. O reencontro aconteceu no último domingo (13), no Maracanã, durante a derrota por 1 a 0 para o Fluminense. O camisa 10 entrou no intervalo e atuou durante todo o segundo tempo, sendo alvo de provocações da torcida adversária, mas demonstrando visão de jogo e espírito coletivo, mesmo ainda longe da melhor forma física
Recuperado recentemente de uma lesão muscular, o atacante ficou fora dos gramados por 40 dias e ainda busca o ritmo ideal. Apesar disso, teve momentos de brilho em sua atuação. De acordo com dados da plataforma Sofascore, Neymar acertou dois dos seis dribles que tentou, errou seis de 22 passes, venceu nove de 16 disputas individuais e finalizou apenas uma vez ao gol, além de ter criado uma chance perigosa.
Mais do que os números, chamou atenção sua movimentação: Neymar atuou com liberdade pelo meio, recuando frequentemente até a intermediária defensiva para participar da construção das jogadas, assumindo uma função cada vez mais de meia-armador do que atacante.
“Não podemos limitar um jogador com o entendimento de jogo que ele tem. Ele sabe se posicionar e entende quando precisa buscar a bola para ser parte ativa da partida”,avaliou o técnico Pedro Caixinha, ao comentar a atuação do craque na coletiva pós-jogo.
A volta de Neymar foi o centro das atenções desde o aquecimento. No Maracanã, fotógrafos se aglomeraram à beira do campo para registrá-lo, enquanto torcedores próximos às arquibancadas gritavam seu nome e tentavam se aproximar. Após o apito final, dezenas de fãs, entre eles muitas crianças com camisas tricolores, esperaram o ídolo na saída do estádio. No entanto, ele deixou o local por uma rota alternativa, sem contato com o público.
Durante o jogo, a torcida do Fluminense hostilizou Neymar a cada toque na bola, mas os xingamentos não interferiram em seu desempenho, marcado por maturidade e consciência tática.
O contrato de Neymar com o Santos vai até 30 de junho. A diretoria santista tenta estender o vínculo até 2026, apostando no retorno do ídolo como peça-chave dentro e fora de campo.