Palmeiras identifica torcedor que ofendeu Luighi: “Racistas não vencerão”
“ Primeiro, acolhemos o Luighi para que ele se acalmasse. Reivindicamos providências junto à polícia e ao terceiro árbitro, mas o banco do Cerro tentou minimizar a situação, tratando como algo “normal”. Infelizmente, no Paraguai, a legislação apenas prevê medidas de prevenção, sem punições severas. Se tivéssemos retirado o time de campo, poderíamos ser punidos, como já aconteceu com Tabata contra o mesmo adversário”, afirmou João Paulo.
O coordenador destacou que o caso ganhou grande repercussão internacional, mas dentro do Paraguai o tema segue ignorado.
“Não vimos repercussão na mídia local nem nos comentários no hotel. O país não trata o racismo como crime, apenas fala em prevenção, sem penalizações concretas. A única resposta oficial veio da Conmebol, em seu site”, explicou.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, entrou em contato com os presidentes da CBF e da Conmebol, exigindo medidas firmes. O clube também acionou a Fifa para que o caso seja analisado em nível global.
“Nossa presidente ficou indignada e cobrou providências das entidades. Qualquer forma de discriminação é inaceitável. Ela mesma, por ser mulher, já enfrentou preconceito. Eu, como nordestino, também senti isso quando cheguei a São Paulo. O importante é que nossa voz ganhe força para combater essas situações”, disse João Paulo.
O Palmeiras também prestou apoio à família de Luighi, que ficou abalada com o ocorrido.
“Os pais dele foram contatados, e a mãe estava muito emocionada, chorando. A diretoria se mobilizou para acolher a família e, ao mesmo tempo, pressionar as autoridades por uma resposta firme”, destacou.
“Racistas não vencerão”
Apesar da indignação, o Palmeiras não cogita abandonar a competição. Pelo contrário: o episódio serviu como motivação extra para os jogadores.
“ Isso só nos deu mais força. A oração do time ontem foi emocionante. Estamos classificados para a semifinal e agora vamos com ainda mais determinação em busca desse título, tanto pelo Palmeiras quanto pelo Brasil. Mas, acima de tudo, esperamos uma punição severa aos responsáveis”, finalizou João Paulo.
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