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Paulius Motiejunas defende o legado da Euroliga diante da ameaça de uma liga europeia da NBA

01:04, 25 abril 2025
Aline Feitosa
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O CEO da Euroliga, Paulius Motiejunas, expressou sua preocupação sobre a possibilidade de uma nova liga europeia de basquete, proposta pela NBA em parceria com a FIBA. A NBA, que já havia revelado seu interesse em expandir para a Europa, acredita que o basquete no continente ainda não atingiu todo o seu potencial, especialmente com o aumento da popularidade do esporte na região, conforme afirmou o comissário da liga, Adam Silver, no mês passado.

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No entanto, Motiejunas se posicionou firmemente contra a criação de uma nova liga. Em entrevista à Reuters, ele ressaltou que a Euroliga, agora em seu 25º aniversário, já é a principal competição de basquete na Europa e não precisa de intervenção externa. “Somos a liga de basquete número um da Europa. Somos fortes e não precisamos de um salvador”, afirmou o executivo, destacando a confiança da Euroliga em seu crescimento constante.

A popularidade do basquete tem crescido rapidamente na Europa, e com ela, o nível de talento na região. Atualmente, cerca de 15% dos jogadores da NBA vêm da Europa, incluindo cinco dos últimos seis MVPs.

Esse crescimento foi evidente durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde atletas internacionais com experiência na NBA se destacaram. Em contraste com a edição de Barcelona 1992, onde apenas nove jogadores internacionais competiram, a Olimpíada de 2024 foi marcada pela presença de muitos mais atletas globais.

Motiejunas reconhece a mudança que a NBA pode representar para o mercado global, mas teme que a criação de uma nova liga só gere mais confusão para os fãs e equipes. “Já é confusão suficiente para os fãs internacionais. Podemos discutir parcerias e maneiras de melhorar, mas não precisamos de outra liga”, afirmou.

O vice-comissário da NBA, Mark Tatum, afirmou recentemente que a liga continua aberta a explorar maneiras de unir as partes interessadas e consolidar a presença da NBA no cenário global. Desde a criação da NBA África em 2021, que inclui a Liga Africana de Basquete em colaboração com a FIBA, a NBA tem ampliado suas operações internacionais.

A Euroliga, por sua vez, atingiu um novo recorde de público médio na sua temporada de 25 anos, com 10.589 espectadores por jogo, refletindo a crescente popularidade do basquete na Europa. Para Motiejunas, embora a NBA tenha um poder de marketing incomparável e uma expertise em direitos de transmissão evidenciado pelo contrato de US$ 77 bilhões firmado em 2024 —, a Euroliga segue com um foco nas suas forças locais.

“Eles têm o talento, os nomes e o marketing. Mas o basquete, a paixão, o estilo de jogo e a maneira como os fãs entendem o jogo são diferentes aqui. E precisamos preservar isso, pois essa é a essência do basquete”, afirmou o CEO da Euroliga.

Nos próximos cinco anos, a Euroliga se concentrará em melhorar suas arenas e expandir sua base de fãs em novos mercados, preservando a cultura única do basquete europeu, independentemente de qualquer parceria com a NBA. Para Motiejunas, a beleza do esporte está na sua autenticidade e na forma como é jogado e apreciado em diferentes partes do mundo.

Publicado em: Notícias,
Rostos: Paulius Motiejunas
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