São Paulo rompe contrato com a Viva Sorte e pode acionar empresa na Justiça por quebra de acordo

A marca da empresa, que ocupava espaço nos ombros das camisas de treino e de jogo do time principal, já não apareceu no uniforme utilizado no clássico contra o Santos, disputado no domingo (20), no Morumbis. Em seu lugar, o clube estampou o logo do recém-criado “Consórcio do São Paulo FC”.

O acordo previa ações comerciais conjuntas, incluindo o lançamento do “Viva Sorte São Paulo”, um produto voltado à torcida tricolor que destinava parte das receitas ao clube. No entanto, o vínculo foi rompido em meio a um conflito de interesses com a Superbet, patrocinadora máster do Tricolor, que renovou seu contrato até 2030.

A divergência teve início após a Viva Sorte, originalmente uma empresa de capitalização, lançar sua própria plataforma de apostas esportivas em janeiro deste ano, movimento considerado como mudança de escopo contratual pelo São Paulo. A entrada da marca nesse novo segmento, concorrente direto da Superbet, gerou desconforto nos bastidores do clube.

De acordo com apuração do ge, a direção são-paulina entende que houve quebra contratual por parte da Viva Sorte e pretende cobrar a multa estipulada no contrato. Caso não haja acordo entre as partes, a disputa pode ser levada à Justiça.

Segundo informações do portal Poder360, o contrato entre São Paulo e Viva Sorte era avaliado em R$ 45 milhões. Até dezembro de 2024, o clube já havia recebido R$ 7,8 milhões da empresa. Nos dois anos restantes do vínculo, o Tricolor teria direito a mais R$ 30,8 milhões — pagos em parcelas mensais de R$ 1,6 milhão.

A rescisão representa, portanto, uma perda financeira significativa para o clube, que agora busca alternativas para preencher o espaço deixado e reequilibrar seu orçamento de patrocínios.