Síndrome do Ovário Poliquístico na adolescência

Síndrome do Ovário Poliquístico na adolescência

Introdução:A Síndrome do Ovário Poliquístico é a endocrinopatia mais frequente nas mulheres em idade reprodutiva. As manifestações começam habitualmente durante a adolescência; porém o diagnóstico nesta faixa etária é dificultado pela sobreposição das características da síndrome e os achados fisioló...

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Título traduzido: POLYCYSTIC OVARY SYNDROME IN ADOLESCENCE
Título da revista: Nascer e Crescer - Birth and Growth Medical Journal
Primer autor: Diana Baptista
Outros autores: Maria João Vieira;
Carla Meireles
Palavras chave:
Palavras chave traducidas:
Idioma: Português
Ligação recurso: http://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/10800
Tipo de recurso: Artigo de revista
Fonte: Nascer e Crescer - Birth and Growth Medical Journal; Vol 25, No 4 (Ano 2016).
DOI: http://dx.doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v25.i4.10800
Entidade editora: Centro Hospitalar do Porto
Direitos de utilização: Reconocimiento - NoComercial (by-nc)
Matérias: Ciências da Saúde --> Obstetrícia e Ginecologia
Ciências da Saúde --> Pediatria
Resumo: Introdução:A Síndrome do Ovário Poliquístico é a endocrinopatia mais frequente nas mulheres em idade reprodutiva. As manifestações começam habitualmente durante a adolescência; porém o diagnóstico nesta faixa etária é dificultado pela sobreposição das características da síndrome e os achados fisiológicos observados durante a progressão normal da puberdade.Objetivos:Rever a abordagem diagnóstica e terapêutica da Síndrome do Ovário Poliquístico na adolescência.Desenvolvimento:Não existem critérios de diagnóstico ou orientações terapêuticas consensuais para a Síndrome do Ovário Poliquístico na população pediátrica. Por outro lado, algumas das manifestações da síndrome, como a acne, irregularidades menstruais e hiperinsulinemia, são achados normais durante a puberdade. A maioria dos autores sugere um diagnóstico baseado na evidência clínica e/ou laboratorial de hiperandrogenismo associada a disfunção ovárica, não explicada por outras etiologias. O doseamento sérico da testosterona livre é o método mais sensível e fiável para a documentação do hiperandrogenismo bioquímico. Já a visualização ecográfica dos ovários poliquísticos, não estabelece o diagnóstico, pois trata-se de um achado frequente em adolescentes saudáveis. A abordagem terapêutica assenta essencialmente na mudança do estilo de vida e no tratamento do hirsutismo/irregularidades menstruais.Conclusões: A identificação das adolescentes em risco para o desenvolvimento da Síndrome do Ovário Poliquístico é fundamental. Para além de uma abordagem terapêutica adequada, é primordial prevenir as co morbilidades associadas à síndrome, entre elas a obesidade, insulinorresistência, dislipidemia e infertilidade.
Resumo traduzido: Introduction:Polycystic Ovary Syndrome is recognized as the most common endocrine disorder of reproductive-age women. The syndrome often presents during adolescence, but the diagnosis in this age group is complicated by the overlap between features of the syndrome and physiologic findings observed during the normal progression of puberty.Objective:To review the diagnosis and treatment of Polycystic Ovary Syndrome in adolescence.Development:There are no consensual diagnostic criteria or treatment guidelines for Polycystic Ovary Syndrome in pediatric population. Many features of the syndrome, including acne, menstrual irregularities and hyperinsulinemia, are common in normal puberty. Most authors recommend a diagnosis based on clinical and/or biochemical evidence of hyperandrogenism with ovarian dysfunction, not explained by other causes. Measurement of free testosterone level is the more sensitive and reliable method for establishing the existence of androgen excess. Ultrasonographic visualization of polycystic ovary doesn’t set the diagnosis, because it’s a frequent finding in healthy adolescents. Lifestyle changes and treatment of hirsutism and menstrual irregularities are essential hallmarks in the therapeutic approach of Polycystic Ovary Syndrome in adolescents.Conclusion: Identification of adolescents at risk for Polycystic Ovary Syndrome is critical, not only for an appropriate therapeutic approach, but also to prevent co-morbidities associated with the syndrome, including obesity, insulin resistance, dyslipidemia and infertility.