Sobre a Intolerância Religiosa
Sobre a Intolerância Religiosa
O objetivo deste texto é analisar e instigar a reflexão sobre a intolerância religiosa. Do ponto de vista da religião, partimos da hipótese de que as raízes da intolerância religiosa remontam à transição do politeísmo para o monoteísmo e à consequente consolidação das religiões monoteístas. Dessa fo...
Título de la revista: | Revista Espaço Acadêmico |
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Autor: | Antonio Ozaí da Silva |
Palabras clave traducidas: | |
Idioma: | No especificado |
Enlace del documento: | http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/42312 |
Tipo de recurso: | Documento de revista |
Fuente: | Revista Espaço Acadêmico; Vol XVII, No 203 (Año 2018). |
Entidad editora: | Universidade Estadual de Maringá |
Derechos de uso: | Reconocimiento - NoComercial (by-nc) |
Materias: | Ciencias Sociales y Humanidades --> Antropología Ciencias Sociales y Humanidades --> Ciencias Políticas Ciencias Sociales y Humanidades --> Sociología |
Resumen: | O objetivo deste texto é analisar e instigar a reflexão sobre a intolerância religiosa. Do ponto de vista da religião, partimos da hipótese de que as raízes da intolerância religiosa remontam à transição do politeísmo para o monoteísmo e à consequente consolidação das religiões monoteístas. Dessa forma, começamos pela exposição e análise dos monoteísmos egípcio, judaico, cristão e islâmico. A intolerância religiosa, porém, não se reduz ao discurso e prática das instituições religiosas nem às manifestações da religiosidade no âmbito individual e/ou coletivo. Portanto, não pode ser compreendida plenamente se isolada dos aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais em seus respectivos contextos históricos. Isto no remete, em segundo lugar, à análise das interseções religião e secularismo, poder espiritual e poder secular, Igreja e Estado. Com efeito, na medida em que a religião hegemoniza a sociedade e a instituição religiosa se consolida enquanto poder, as formas de intolerância se imbricam. Quando a religião e a política se vinculam, as intolerâncias religiosa e laica atuam em simbiose: politiza-se a religião e sacraliza-se a política. Terceiro, mesmo nos períodos mais terríveis da história, há manifestações de resistência e tolerância. Nesta perspectiva, intolerância e tolerância formam um par indissociável. A reflexão sobre a intolerância instiga-nos pensar a tolerância – e vice-versa. Por fim, tecemos nossas considerações conclusivas. |
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