UrBANALization: In the Global Souk of Urban images
UrBANALization: In the Global Souk of Urban images
This article presents the concept of "urBANALization" in the context of the production of urban image, characterizing the contemporary city during the last decades of the twentieth century and in the present moment. The text starts from perspectives of "festivalization" of urban policies and the pro...
Translated title: | UrBANALización: En el Zoco Global de las lmágenes Urbanas UrBANALización: En el Zoco Global de las lmágenes Urbanas |
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Journal Title: | Cidades, comunidades e territórios |
Author: | Francesc Muñoz |
Language: | English |
Get full text: | https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9198 |
Resource type: | Journal Article |
Source: | Cidades, comunidades e territórios; No 9 (Year 2004). |
Publisher: | Instituto Universitário de Lisboa |
Usage rights: | Reconocimiento - NoComercial - SinObraDerivada (by-nc-nd) |
Categories: | Social Sciences/Humanities --> Sociology Social Sciences/Humanities --> Urban Studies Social Sciences/Humanities --> Architecture |
Abstract: | This article presents the concept of "urBANALization" in the context of the production of urban image, characterizing the contemporary city during the last decades of the twentieth century and in the present moment. The text starts from perspectives of "festivalization" of urban policies and the progressive relevance of marketing and urban branding, to support the absolute mastery of image at the time of the construction of urban strategies and in the development of urbanistic processes, whether new urbanization, or transformation of the existing urban territory. "urBANALization" is defined as a spatial and cultural process characterized by a territorial specialization that accompanies trends in thematization and simplification of the urban landscape. A common development, to a greater or lesser extent, in distinct cities that, despite the differences that characterize each local context, end up replicating a similar kind of landscape, through a similar typology of urban programmes. "urBANALization", therefore, does not mean the homogenization of cities and territories that some authors believe to be behind the processes of globalization. It is rather about the absolute triumph of the common. It does not have so much to do with the repetition of landscapes, but with the multiplication of common landscapes. Something that, in the final analysis, poses a major problem for the future of the territory and for those who inhabit it: the reduction of the city to a smooth, flat surface, without flaws or roughness, without differences, where the absence of complexity and diversity allows you to project, without pause and in a ubiquitous way, the images and "brands" that give shape to the urban landscape. |
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Translated abstract: | Este artigo apresenta o conceito de "urBANALização" no contexto da produção de imagem urbana, caracterizador da cidade contemporânea durante as últimas décadas do século XX e no momento presente. O texto parte de perspectivas referentes à "festivalização" das políticas urbanas e à progressiva relevância do marketing e do "branding" urbano, para fundamentar o domínio absoluto da imagem na altura da construção de estratégias urbanas e no desenvolvimento de processos urbanísticos, quer de nova urbanização, quer de transformação do território urbano existente. A "urBANALização" define-se como um processo espacial e cultural caracterizado por uma especialização territorial, que acompanha as tendências de tematização e de simplificação da paisagem urbana. Uma evolução comum, em maior ou menor grau, em cidades distintas que, apesar das diferenças que caracterizam cada contexto local, acabam replicando um género similar de paisagem, através de uma também similar tipologia de programas urbanísticos. A "urBANALização", portanto, não se refere à homogeneização de cidades e territórios que alguns autores acreditam estar por detrás dos processos de globalização. Refere-se, sim, ao triunfo absoluto do comum. Não tem tanto a ver com a repetição de paisagens, mas com a multiplicação de paisagens comuns. Algo que, em definitivo, coloca em grande questão um problema de futuro para o território e para quem o habita: a redução da cidade a uma superfície lisa, plana, sem falhas nem rugosidades, sem diferenças, onde a ausência de complexidade e de diversidade permite projectar, sem pausa e de forma ubíqua, as imagens e os "brands" que dão forma à paisagem do 'urbanal'. Este artigo apresenta o conceito de "urBANALização" no contexto da produção de imagem urbana, caracterizador da cidade contemporânea durante as últimas décadas do século XX e no momento presente. O texto parte de perspectivas referentes à "festivalização" das políticas urbanas e à progressiva relevância do marketing e do "branding" urbano, para fundamentar o domínio absoluto da imagem na altura da construção de estratégias urbanas e no desenvolvimento de processos urbanísticos, quer de nova urbanização, quer de transformação do território urbano existente. A "urBANALização" define-se como um processo espacial e cultural caracterizado por uma especialização territorial, que acompanha as tendências de tematização e de simplificação da paisagem urbana. Uma evolução comum, em maior ou menor grau, em cidades distintas que, apesar das diferenças que caracterizam cada contexto local, acabam replicando um género similar de paisagem, através de uma também similar tipologia de programas urbanísticos. A "urBANALização", portanto, não se refere à homogeneização de cidades e territórios que alguns autores acreditam estar por detrás dos processos de globalização. Refere-se, sim, ao triunfo absoluto do comum. Não tem tanto a ver com a repetição de paisagens, mas com a multiplicação de paisagens comuns. Algo que, em definitivo, coloca em grande questão um problema de futuro para o território e para quem o habita: a redução da cidade a uma superfície lisa, plana, sem falhas nem rugosidades, sem diferenças, onde a ausência de complexidade e de diversidade permite projectar, sem pausa e de forma ubíqua, as imagens e os "brands" que dão forma à paisagem do 'urbanal'. |