Grammatica philosophica: a um passo da forma

Grammatica philosophica: a um passo da forma

Longe de apresentar a validade do pensamento filosófico aplicado ao desenvolvimento do pensamento gramatical, pretendo aqui esboçar a apresentação de teoria que venho esforçando-me para construir e que se pauta por modo inescapavelmente filosófico de olhar para o objeto Língua. Proponho que esse obj...

Saved in:
Translated title: Grammatica philosophica: on the verge of form
Journal Title: Revista Filologia e Linguística Portuguesa
Author: Clóvis Luiz Alonso Júnior
Palabras clave:
Traslated keyword:
Language: Portuguese
Get full text: https://www.revistas.usp.br/flp/article/view/152014
Resource type: Journal Article
Source: Revista Filologia e Linguística Portuguesa; Vol 20, No 2 (Year 2018).
DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v20i2p273-291
Publisher: Universidade de São Paulo
Usage rights: Reconocimiento - NoComercial (by-nc)
Categories: Social Sciences/Humanities --> Language --AMP-- Linguistics
Abstract: Longe de apresentar a validade do pensamento filosófico aplicado ao desenvolvimento do pensamento gramatical, pretendo aqui esboçar a apresentação de teoria que venho esforçando-me para construir e que se pauta por modo inescapavelmente filosófico de olhar para o objeto Língua. Proponho que esse objeto seja constituído, no conjunto de seu tecido lexical e morfossintático, por metáforas de cunho físico-espacial, por sua vez resultantes de procedimento mimético que a Língua, (sempre) em formação, tenha realizado e venha realizando sobre o espaço físico, desdobrando-se as metáforas ― como lhes é próprio ― em cadeias abstrativas. Postulo que a tradição filosófico-gramatical se tenha aproximado ― e apenas aproximado ― da possível verdade que aí venho pretendendo formular: essa tradição teria estado a um passo do que denomino semântica da estrutura, a um passo da forma.
Translated abstract: Far from introducing the validity of the philosophical thought applied to the development of the grammatical thinking, I intend to sketch an introduction to a theory that I have been developing, one that looks at Language as an object with an inescapably philosophical approach. My understanding is that this object is built, in its set of lexical and morphosyntactic formation, by physical-spatial metaphors. These are the outcome of mimetic procedures that Language, (always) in formation, has done and has been doing on the physical space, where metaphors unfold ― as it is inherent to them ― into abstractive chains. I state that the philosophical-grammatical tradition has come close ― and only this ― to the possible truth that I have been trying to assert: this tradition would have been on the verge of what I call semantics of structure, on the verge of form.