As Transformações Produtivas na Pós-graduação: O Prazer no Trabalho Docente Está Suspenso?
As Transformações Produtivas na Pós-graduação: O Prazer no Trabalho Docente Está Suspenso?
O trabalho e a subjetividade do professor da pós-graduação se inscrevem em determinado contexto político-econômico configurado pela mundialização do capital, Reforma do Estado e naturalização de formas de gestão e organização do trabalho orientadas pelos paradigmas objetivista, funcionalista e utili...
Título da revista: | Revista Subjetividades |
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Primer autor: | Fábio Machado Ruza |
Outros autores: | Eduardo Pinto e Silva |
Palavras chave: | |
Idioma: | Português |
Ligação recurso: | https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/5203 |
Tipo de recurso: | Artigo de revista |
Fonte: | Revista Subjetividades; Vol 16, No 1 (Ano 2016). |
DOI: | http://dx.doi.org/10.5020/23590777.16.1.91-103 |
Entidade editora: | Universidade de Fortaleza |
Direitos de utilização: | É permitida a reprodução dos artigos, desde que seja citado que foram originalmente publicados na Revista Subjetividades. |
Matérias: | Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanidades --> Psicologia Clínica Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanidades --> Psicanálise Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanidades --> Psicologia Social |
Resumo: | O trabalho e a subjetividade do professor da pós-graduação se inscrevem em determinado contexto político-econômico configurado pela mundialização do capital, Reforma do Estado e naturalização de formas de gestão e organização do trabalho orientadas pelos paradigmas objetivista, funcionalista e utilitarista. Neste cenário, se efetuam profundas reformas no papel desenvolvido pela universidade, que tende a se transformar em uma instituição gerencial, produtivista e mercantilizada. O docente vive, então, uma série de conflitos entre as exigências institucionais e sua subjetividade. Frente a isto, questionamos: o prazer no trabalho estaria colocado em suspenso? O sofrimento no trabalho encontraria possibilidades de, pela mediação do reconhecimento, se transmutar em prazer? Com fim de examinarmos esta questão, foram levantados e analisados dados e documentos institucionais de uma universidade pública, a UNESP, e aplicado questionário a professores de dois programas de pós-graduação de elevada performance acadêmica. O aporte teórico pautou-se nas contribuições da Psicodinâmica e da Psicossociologia do Trabalho. Apontamos que o prazer-sofrimento são elementos imbricados e que coexistem mutuamente em todas as dimensões do trabalho do professor, ainda que determinadas atividades e relações gerem potencialmente maior prazer e, outras, maior sofrimento. A intensificação do trabalho, o desgaste frente às exigências de rotinização das tarefas e o significativo número de referências ao estresse e/ou adoecimento foram evidenciados. Mas há aspectos que ora se contrapõem, ora ofuscam estes indicadores de sofrimento. Conclui-se que, neste jogo intrincado do par antitético prazer-sofrimento, ficam abertas várias possibilidades para as subjetividades docentes, que se situam entre o sofrimento patogênico e o sofrimento criativo. |
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