A MATERIALIDADE DO OFÍCIO LITERÁRIO PARA OSMAN LINS

A MATERIALIDADE DO OFÍCIO LITERÁRIO PARA OSMAN LINS

O presente artigo propõe explanar a compreensão do escritor pernambucano Osman Lins (1924 – 1978) a respeito do lugar ocupado pelo ofício literário nas relações sociais e de trabalho. Desenvolver-se-á uma análise de questões centrais para Osman Lins acerca do trabalho criativo. Entre essas questões,...

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Título de la revista: Revista e-scrita: Revista do Curso de Letras da UNIABEU
Autor: Izabella Cardoso Costa
Palabras clave:
Idioma: Portugués
Enlace del documento: http://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RE/article/view/2056
Tipo de recurso: Documento de revista
Fuente: Revista e-scrita: Revista do Curso de Letras da UNIABEU; Vol 7, No 1 (Año 2016).
Entidad editora: UNIABEU Centro Universitário
Derechos de uso: Reconocimiento - NoComercial - SinObraDerivada (by-nc-nd)
Materias: Ciencias Sociales y Humanidades --> Humanidades
Resumen: O presente artigo propõe explanar a compreensão do escritor pernambucano Osman Lins (1924 – 1978) a respeito do lugar ocupado pelo ofício literário nas relações sociais e de trabalho. Desenvolver-se-á uma análise de questões centrais para Osman Lins acerca do trabalho criativo. Entre essas questões, destacam-se, em sua obra ensaística, as referentes à materialidade do ofício de escrever, à preocupação ética demandada pela potência da criação literária e ao espaço da literatura diante do cenário de difusão dos meios de comunicação em massa. Far-se-á a síntese do posicionamento assumido por Lins em ensaios de Do ideal e da glória (1977) e Evangelho na Taba (1979), e também de algumas escolhas em sua obra literária, a qual mantém em equilíbrio o experimentalismo formal e o interesse pelas questões do gênero humano. O desenvolvimento que aqui se propõe justifica-se pela contemporaneidade da discussão proposta por Osman Lins, que em muito é coerente com o nosso tempo, no qual acompanhamos a crescente decadência ideológica da produção artística. Comprovar-se-á que Lins defendeu sempre a figura do escritor como um participante dos acontecimentos do seu tempo, do escritor como um homem que segue em frente cumprindo, vigilante, seu ofício, sua missão, seu evangelho.